A hipnose pode ser definida como um estado de semiconsciência – entre o sono e a vigília – que uma pessoa é submetida para que o psicoterapeuta possa conversar diretamente com seu subconsciente e assim, localizar e reformular os problemas que a afligem.
Na hipnose o psicoterapeuta conduz seu paciente inicialmente a um estado de relaxamento, depois o conduz a um estado alterado de consciência. Neste estágio, a pessoa fica menos suscetível a censura e amarras morais, ativando assim a consciência mais pura e simples. Dessa forma será possível resgatar lembranças que de outra forma dificilmente viriam à tona.
Ao contrário do que a origem da palavra significa (de hypnos, ou seja, deus do sono, em grego), uma pessoa hipnotizada não está dormindo – uma vez que, se estivesse, não responderia aos comandos do terapeuta.
A hipnose representa mais uma ferramenta terapêutica utilizada pelo psicólogo na sua prática convencional. Utiliza-se de um protocolo específico que facilita o contato do paciente com memórias inconscientes e assim reformulá-las e ressignificar a sua forma de enxergar os eventos traumáticos.
Muitos estudos demonstram que a hipnoterapia é uma técnica eficaz na modelagem dos comportamentos que geram sofrimentos e baixa qualidade de vida. Pode ser utilizada em associação com outras terapêuticas, inclusive com o uso dos psicofármacos.
Texto de Saniday de Oliveira Azevêdo
Psicóloga – Hipnoterapeuta